Powered By Blogger

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A realidade dos jovens Gays no Brasil.


A revista Veja da última semana, tem como matéria de capa “Ser jovem e gay. A vida sem dramas”. Esta edição vem causando muitas polêmicas.
A matéria tenta passar uma realidade ilusória, ou seja, uma sociedade sem preconceitos de grande aceitação, em que a família, a escola e amigos são compreensivos.
Devemos refletir um pouco e não permitir que o conteúdo da Veja manipule as pessoas, todos os envolvidos nesta matéria são pessoas de classe média, bom nivel que estudam em escolas particulares, mas está é a realidade da grande maioria dos jovens gays deste país, ou melhor é a realidade de qualquer jovem gay?
Contar aos pais é de fato necessário, isso vai acrescentar mudanças positivas? Creio que contar ou não para quem quer que seja, é uma questão pessoal de acordo com a necessidade e a vontade de cada indivíduo, muitas vezes contar a família causa dor, revolta e distância as pessoas. Outro absurdo é afirmar que os casos de bullying nas escolas tem diminuido gradativamente, quais foram as fontes de pesquisa que forneceram esses dados a Veja? É ináceitavel que se use um meio de comunicação dessa importância, para transmitir dados sem fundamentos.
Os casos de bullyng em escolas brasileiras estão sendo pesquisados, não temos dados concretos para afirmar tal absurdo, temos de nos lembrar, no ano passado foi exibido "Profissão Repórter" cujo tema era o bullyng. Durante a gravação do programa um dos personagens se matou. Motivo: era gay e afeminado. E ele tinha 14 anos.
O preconceito existe e ainda é muito forte, o fato de famosos se declararem homossexuais não diminui e nem muda a maneira de pensar e agir de uma sociedade. O Brasil é um país onde o preconceito é mascarado, tanto que muitos famosos que são homossexuais não se revelam e quando não tem jeito preferem dizer que são bissexuais.
É verdade que nos dias atuais houve uma melhora da sociedade perante aos homossexuais, mas dizer que os jovens gays não lutam por seus direitos é outro equivoco da revista, tanto lutam por seus direitos e reconhecimento perante à sociedade que avançaram e conquistaram o espaço. Dizer que não gostam de frequentar lugares GLS é outra bobagem, como explicar o surgimento de bares, boates e ambientes GLS com grande movimento, será que a sociedade brasileira está com suas mentes abertas e os simpatizantes estão lotando esses lugares? Creio que não, ou seja em sua grande maioria os jovens gays frenquentam esses ambientes.
A intensão da revista foi boa, mas não real temos muito aprender e amadurecer sobre esse assunto.

Um comentário:

  1. Com relação a questão da luta pelos direitos eu discordo um pouco. Ainda temos um movimento mal articulado e alienado, justamente na ponta elitista que pensa que por existir uma certa tolerância muito já foi conquistado. Até aqui para muitos de nós, ainda nos falta o básico que é respeito. Enquanto outros tem sexo, drogas e drag-music servidos em bandeijas por go-go boys de sunguinha. Vindo da Veja nenhuma intenção pra mim é boa, uma vez que ela não se coloca e não quer - pelo seu histórico - se por no lugar da maioria das pessoas nesse País. Mas vale o seu registro e sua percepção e passei aqui pra dizer que eu li e estou gostando de ver que você está escrevendo cada vez melhor. Também comentei a capa da revista.

    ResponderExcluir